sexta-feira, 11 de julho de 2014

O PAPEL DAS AGÊNCIAS QUE USAM O INTERNET BANKING

Um estudo, realizado pela Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN em parceria com a Strategy& (anteriormente conhecida como Booz & Co), contou com a participação de 18 instituições bancárias que operam no Brasil e correspondem a 97% da rede de agências do país. 

O que se chegou a conclusão (já esperada) é que o acesso aos serviços bancários por computador segue em franco crescimento. O número de contas correntes acessadas pela Internet sobe grandiosamente desde 2009, a uma taxa média anual de 19%, alcançando a marca de 41,8 milhões em 2013 – o equivalente a 40% do total. O volume de transações via internet banking também avança a uma taxa anual de 23%, passando de 7,3 bilhões para 16,6 bilhões entre 2009 e 2013. 

A pesquisa estimou que esse crescimento está diretamente ligado à maior difusão do acesso
à Internet pelos brasileiros. Enquanto 31% da população do país era usuária da rede em 2007, esse número subiu para 52% em 2013. 

Apesar do crescimento do Internet Banking, as agências bancárias continuam com números expressivos. A média de transações mensais com movimentação por conta corrente é equivalente para agências e Internet banking (2,3 e 2,5 transações respectivamente). Se considerarmos somente as contas que usam internet, o número de transações com movimentação financeira sobe para 6,2 por mês. O número de contas correntes por agência também cresceu, de 4.148 em 2009 para 4.511 em 2013. 

Mesmo com a consolidação das tecnologias de autoatendimento online, o número de agências e postos de atendimento bancário continuam se expandindo, com crescimento anual médio de 3% entre 2009 e 2013. O aumento é impulsionado principalmente por áreas que oferecem maiores oportunidades de expansão da rede nos últimos anos, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Nessas regiões, as taxas médias anuais de crescimento são de 7%, 6% e 4%, respectivamente, maiores que a do Sul (3%) e a do Sudeste (2%). 

Outra frente de investimento dos bancos em conveniência de atendimento foram os caixas eletrônicos. O número de ATMs (na sigla em inglês) tem mantido um crescimento médio anual de 2%, e a quantidade de transações por máquina também tem se elevado: passou de 47 mil em 2009 para 57 mil em 2013. Um dos motivos que a pesquisa destaca para o aumento de transações por caixa eletrônico é a maior presença de terminais considerados completos: aqueles que funcionam com pelo menos dois recursos, como saques e depósitos. Além disso, em 2013, a porção de aparelhos adaptados para pessoas com deficiência chegou a 90% do parque instalado. 


Gastos totais 

Em 2013, os bancos que operam no Brasil gastaram cerca de R$ 20,6 bilhões em tecnologia, entre despesas e investimentos – um ligeiro avanço em relação a 2012, quando o montante foi de R$ 20,1 bilhões. Trata-se de um volume equivalente a 17% dos gastos em TI no Brasil, o que torna o setor bancário o maior investidor em tecnologia dentre todas as indústrias no país. 


*****Fonte: http://www.febraban.org.br

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

“MOBILE BANKING” NO FUTURO PRÓXIMO: ANALISANDO O CENÁRIO ATUAL E OS DESAFIOS A VENCER

Depois de ver as pesquisas da FEBRABAN sobre os serviços prestados pelos bancos e as demais estatísticas do setor levantadas e tornadas públicas pela entidade em 2013, sobre o que aconteceu em 2012 (Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2012), fiquei intrigado com um dado, que aqui reproduzo sobre os serviços em mobilidade. Resolvi, por minha conta entender melhor e compartilhar minha visão pessoal sobre  o novo fenômeno: o Mobile Banking.

A clientela dos serviços de bancos de varejo está a cada ano preferindo os meios eletrônicos de relacionamento,  se afastando pouco a pouco dos tradicionais meios de acesso (agências e ATMs). São mais práticos, baratos, podem ser utilizados a qualquer momento, mesmo fora dos horários do expediente bancário e em qualquer local onde estiver o cliente, mesmo em momentos em que se desloca de um ponto para outro. Já contam com a confiança de grande maioria dos clientes. É compreensível essa tendência, evidenciada nos levantamentos mais recentes da FEBRABAN.


Em 2012 a preferência pelos meios virtuais, isto é,  Internet Bank + Mobile Bank, já sobrepujava os tradicionais, ATM’s + Agência. Os dois mais recentes meios de acesso virtuais aos serviços bancários, juntos, representavam, em 2012, 41,6% das preferências. Se olharmos para a expansão, quase explosiva, dos smartphones nas transações bancárias – o Mobile Banking – temos um novo cenário para o futuro próximo.

A disponibilidade crescente de equipamentos móveis – cada vez mais sofisticados –competindo no mercado internacional (e com novos “vendors” surgindo) associado aos serviços das operadoras (com serviços de melhor qualidade e preços atraentes) favorece a atratividade de quem espera poder usá-los como instrumento de acesso aos serviços financeiros.  A revista “Convergência Digital” da semana passada, 28/01/14, anunciou: “Smartphones: Nunca se vendeu tanto como em 2013”.  Foram vendidos em todo o mundo 990 milhões de aparelhos, representando um crescimento de 41% em relação a 2012.

Mas, o que está me intrigando?  A Fig. 2 nos diz que, pelo menos, há cinco anos, o Mobile Banking está disponível no Brasil. Chegou em 2012 a registrar um total de 823 milhões de transações. Mas, dentre essas, apenas 3% (25 milhões) envolveram movimentação dos recursos em conta pelo cliente. Significa dizer que, praticamente, só após o quinto ano da implantação, parte dos clientes resolveram realizar movimentações financeiras em suas contas, via seus smartphones, como detectou a pesquisa da FEBRABAN. Por que isso?  Que está faltando para que essa tendência mundial deslanche no Brasil?  O cenário é favorável: os dispositivos móveis aí estão, as operadoras também estão ativas prestando os serviços, o Governo Federal montou e tem fortalecido sua agência reguladora, lançou o programa de Banda Larga, aparentemente recursos existem para melhorar a infraestrutura e os bancos prosseguem investindo em tecnologias para melhorar os canais de acesso aos seus serviços.  E daí? O que está faltando para esse deslanche?

Há quem diga que a mobilidade é assim mesmo em todo o mundo. Há barreiras de confiança a vencer, resistências a contornar e novas estratégias de marketing capazes de ”evangelizar” com eficiência a clientela aparentemente indecisa ou resistente.  

Mobility Banking é um serviço, ‘empurrado’ pelas novas tecnologias, com aplicabilidade que se expande em ondas, como sustentam analistas da automação bancária, como os do “Forbes”, Tom Groenfeldt.

As tecnologias já estão por aí, com seus apps, prontas – algumas já testadas – e outras em uso em outros países  –  a serem aplicadas  nos serviços mais sofisticados do que apenas ao acesso à conta bancária para extratos, ou trocar mensagens com o seu banco. Refiro-me aos mesmos serviços que estão há tempos disponíveis no seu Internet Banking, tais como:

  • Autorizações para transferências;
  • Pagamentos de contas diversas;
  • Solicitação/concessão de créditos;
  • Depósitos de Cheques e outros documentos de crédito;
  • Obtenção de Seguros Diversos;
  • Segurança nas Informações;
  • Prevenção e detecção de fraudes;
  • Gestão das Finanças Pessoais do Cliente;
  • Outras.


E que recentemente estão sendo anunciados por bancos no exterior (EUA e Europa, principalmente) via mobilidade. O melhor exemplo que conheço e que citei na Nota#1/14, vem da BRE-mBank da Polônia.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

TEMPOS DO TRÍPTICO: EMPREENDER, INOVAR, CONECTAR.

Tempos atuais incorporam novos termos, palavras-chave, que parecem até oráculos. Fazem parte de nossas conversas atuais. Quem não os conhece está aparentemente fora da nova “grei”, isto é, da comunidade dos inovadores da era da modernidade tecnológica. 

Todas as organizações desse novo tempo economia estão gastando espaços para as mensagens de marketing apregoando esses oráculos: a inovação é a alavanca do desenvolvimento; todos precisamos nos conectar – conhecer as novas ideias, trocar informações, colaborar com quem tem as ideias criativas, seja onde for. Nossas crianças devem ser treinadas em empreendedorismojá no inicio da educação formal, ao lado das ciências sociais, matemática, artes, português e ciências da natureza. 

Nós que militamos na área das finanças, há tempos nos acostumamos com esse tríptico. Vale lembrar que a FEBRABAN elegeu para o CIAB-FEBRABAN 2014 o  tema “ESTRATÉGIA DIGITAL NO MUNDO HIPERCONECTADO”. A CONEXÃO entre pessoas e instituições, é agora vista cada vez mais próxima da universalização. O número de celulares em operação atualmente suplanta o número da nossa população. Logo nãohaverá nas residências dos brasileiros quem não tenha uma TV Digital. 

Mas algumas ameaças também nos acompanham. A conectividade, na realidade, é instrumento acelerador de novos negócios mas também canal para disseminação de “ruídos”, isto é, engendra novos riscos. Estamos falando de um mundo em que, ao lado da ordem – viabilizada pelas normas e padrões – prosseguirá convivendo com a desordem, dos ruídos, a natural entropia crescente respaldada pela termodinâmica. 

Estamos vivendo tempos de desafios e complexidade crescentes. Na realidade, a oportunidade é para quem tem soluções a oferecer com base  nas tecnologias TIC, mas cercadas de defesas às intrusões e fraudes, essas também hiperconectadas.  Que fantástico momento é esse para inovar!  

Que venham nossos talentos com suas ideias. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

VISÃO MÍOPE DE MERCADO NOS FAZ PERDER OPORTUNIDADES EM TI

Uma certa teimosia pessoal leva-me a insistir nesse tema: estamos olhando, com atenção e interesses comerciais, os fenômenos vividos pelas nações do mundo na esfera  da economia de consumo e de investimentos?  Falei há pouco tempo sobre a maciça urbanização esperada nos próximos vinte anos nas populações,principalmente na China, entre outros países asiáticos,  e sobre o que poderá, em consequência, provocar na demanda de novos serviços e produtos.

Claro que não estou chamando a atenção para impactos das crises econômicas da Grécia, da Espanha, da Turquia ou de Portugal, e outras melhor conhecidas entre nós pelos noticiários. A pergunta que quero levantar é: se existem alterações tão grandes no tabuleiro planetário das economias, onde estarão nos próximos anos cinco anos as melhores oportunidades de negócios para as nossas empresas de TI?

Podemos e devemos antecipar visões a respeito, ou continuaremos na mesma toada, que já me cansei de ouvir:  
- Vamos exportar software e serviços de TI  prioritariamente para as nações vizinhas,  para os EUA e eventualmente para a Europa?

Esse têm sido o teor dos discursos que ouço por aqui, quando o assunto TI (software e serviços) é focado.

Percebo em todas as conversas uma certa acomodação na busca de novos negócios. Nosso Português é língua muito próxima do Espanhol (a terceira mais falada no mundo), o que facilita as conversas nos países vizinhos.  Outros há que imaginam que os cursos de Inglês que fizeram por aqui são suficientes para entenderem e serem entendidos pelos interlocutores dos EUA.  Mesmo que “macarrônico”, nosso domínio da língua inglesa  é considerado, por muitos que conheço,  ingrediente suficiente para iniciar os negócios. E assim vamos nós, nesse velho processo brasileiro de “trying-and-error” em busca de negócios fora de nossas fronteiras.

Para resumir tudo, vamos pelo caminho supostamente mais fácil - nossa zona de conforto. Assim, a proximidade  geo-linguística  é sempre invocada na tomada de decisão. Poderemos até chegar a Portugal e Espanha.

Minha reflexão, porém, é crítica a essa postura que frequentemente vejo. Acho que, a permanecer nesse confortável percurso, não vamos atingir  as Metas do Plano TI MAIOR, colocadas pelo poder público para 2022 (nos 200 anos de nossa independência):

* Sermos o quinto mercado mundial de TI;
* O PIB da TI no Brasil, saltará para algo entre 105 e 200 bilhões de US dólares;
* As exportações de software e serviços de TI serão de US$20 bilhões.

Estamos acostumados a discutir esses números e essas prioridades, quase sempre olhando para dentro de nós mesmos, reverberando nossas dificuldades e fraquezas e pouco meditando sobre estratégias de conquistas de espaços internacionais. E, quando olhando para fora, procuramos  o mercado consumidor dos nossos produtos e serviços naqueles mercados acima citados –  os de sempre.

Que tal olhar um pouco mais para fora de nós?

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A ABERTURA OFERECIDA ÀS STARTUPS APÓS A CIAB-FEBRABAN 2013

O CIAB-FEBRABAN prossegue, após 22 anos, como o mais importante evento em toda América Latina, na área de tecnologia bancária. Mais de uma centena de exibidores, acima de 15 mil visitantes e grandes pensadores internacionais e nacionais apresentando suas palestras e reflexões, enriquecendo o conhecimento da tecnologia, suas aplicações e impactos das inovações no setor.  Assim poderia sintetizar a importância desse evento anualmente organizado pela FEBRABAN, reunindo as inteligências do setor.

O ITS comemorará em 2014, na próxima edição do CIAB-FEBRABAN, dez anos da parceria com esta entidade e que tem viabilizado o ESPAÇO INOVAÇÃO, um estande coletivo reuninindo  soluções, avaliadas previamente por um grupo de consultores especializados, como inovadoras e de interesse do setor.  São reunidas startups brasileiras vindas de todo o território nacional, para durante três dias apresentarem suas soluções a um público qualificado que por lá circula ansioso por conhecer o que de realmente inovador acontece no país que possa agregar valor aos clientes.

A experiência até agora colhida é muito gratificante para todos nós que a conhecemos de perto: há resultados palpáveis, crescimento das empresas, mais emprego gerado, investimentos surgindo, negócios se internacionalizando, empresas crescendo e ‘brandings’ novos se firmando.  Para resumir os resultados conhecidos: negócios das startups são acelerados, após a vitrine do Espaço Inovação cerrar suas portas ao final do CIAB-FEBRABAN.  Vejam esse fato bem emblemático: recebi um e-mail  da empresa CLAVIS, premiada em junho de 2012 como a melhor solução exposta no estande ESPAÇO INOVAÇÃO, com o seguinte teor:

“... a participação no Espaço Inovação (2013) foi um grande marco pra  gente. Estamos tratando uma demanda tão grande que tive que contratar um Diretor Comercial que inclusive começou esta semana aqui na CLAVIS.

Abraço,  Bruno Salgado, Diretor.”  
Mensagem datada de 06 de julho de 2013, isto é, apenas 22 dias após o evento. 

Os negócios da CLAVIS foram e prosseguem sendo acelerados e o Espaço Inovação deu sua contribuição. Esse é um dos fatos que temos registrado. Outros similares farão parte das próximas reflexões.


*Venha comemorar conosco em Junho de 2014, no estande coletivo “ESPAÇO INOVAÇÃO 10 ANOS”:  prometemos surpresas.